A ATUAL IMPOPULARIDADE DOS POLÍTICOS

06/12/2016 16:51

A política é uma atividade inerente à pessoa humana e está sempre presente em nossas vidas. Mesmo que as pessoas falem que não gostam de política, ela faz parte da organização social, da administração de um município, estado ou nação. De tudo que é público.

O político é o profissional eleito ou indicado que atua na esfera da organização pública. Em eleições recentes, diversos candidatos sem tradição na política conquistaram popularidade justamente por se apresentarem como não políticos, isto é, pessoas que não possuem experiência política e trajetória no governo.

Nas eleições de 2016 muitos candidatos repetiram não serem políticos, para fugir da atual ditado popular que “todo político é corrupto”. Alguns foram bem sucedidos. Para comprovar a má imagem dos políticos o alto índice de abstenção de votos chamou a atenção, eleitores que votaram branco, nulos ou que não compareceram à votação, com uma porcentagem que superou as seis ultimas eleições municipais. O que indica uma da falta de engajamento da população na política.

Um candidato que afirma não ser um político é totalmente errôneo. Porque toda disputa eleitoral é política e todo cargo político envolve práticas políticas como a negociação, o debate ou votações. É impossível governar apenas baseado em critérios técnicos. Uma proposta do prefeito pode ser votada ou fiscalizada por vereadores.

Embora seja contraditório, o discurso da negação da política tenta agradar e atender às expectativas de um público que tem rejeição a políticos. É uma estratégia de comunicação que pode fazer sentido para eleitores ansiosos por mudanças.

As manifestações populares ocorridas em 2013 no Brasil desencadearam o sentimento coletivo de rejeição a políticos. Novas demandas sociais surgiram, sem que os políticos pudessem dar uma resposta ou oferecer saídas.

Para aumentar mais a decepção vivenciamos a crise nacional e a sucessão de escândalos de corrupção que envolve um grande número de políticos do país, principalmente como os revelados pela operação Lava Jato.

A estratégia de muitas campanhas políticas nas últimas eleições foi apostar na própria história e na força da figura pessoal, sem dar muito destaque ao partido. Assim, atraíram votos de quem não tolera a classe política e acredita que os políticos são corruptos, desonestos, incapazes ou ladrões. Em Frei Paulo, Sergipe a campanha contrariou um pouco esta afirmativa, pois, foi a disputa do 15 contra o 25, números dos principais partidos oponentes, onde se evidenciava os números mais que os candidatos. O vitorioso foi o 15.

No mundo inteiro, os índices de popularidade dos governantes e dos políticos estão bem abaixo das médias históricas. As pessoas estão desencantadas com a política, seja ela a tradicional ou a futura.

Segundo analistas, a decepção da sociedade com os políticos é um fenômeno explicado por um conjunto de fatores. Os principais fatores seriam a crise econômica e a recessão, que afetaram praticamente todos os países do mundo ao longo da última década.

Historicamente, o índice da popularidade dos governantes varia junto com as taxas de crescimento da economia. Se a economia está bem, a população fica mais satisfeita. A crise também tende a aumentar o desejo de mudança e a eficácia de discursos radicais e extremistas.

Outro fator a influenciar a política são as redes sociais, que permitem o aumento de conexões e a troca de informações entre as pessoas. Nas redes sociais, as polêmicas, as manifestações de ódio e a atuação de um político se espalham rapidamente. Assim como o poder de mobilização para uma causa.

Mas a política é essencial para a sociedade. Pois viveríamos umcespaço sem diálogos, debates de ideias e participações coletivas em decisões de interesse público ou da sociedade. A eleição e a pressão popular para vetar ou aprovar medidas afetam decisões em todos os campos: saúde, emprego, educação, leis, obras, economia, assistência social entre outros. É por isso que um povo que se desinteressa pela política negligencia seus próprios direitos.

O voto consciente, aquele que é baseado na análise de informações, o controle social, a conduta ética e a cobrança por resultados parecem ser caminhos mais seguros para a transformação e para a escolha dos futuros governantes. 

A ATUAL IMPOPULARIDADE DOS POLÍTICOS
A política é uma atividade inerente à pessoa humana e está sempre presente em nossas vidas. Mesmo que as pessoas falem que não gostam de política, ela faz parte da organização social, da administração de um município, estado ou nação. De tudo que é público.
O político é o profissional eleito ou indicado que atua na esfera da organização pública. Em eleições recentes, diversos candidatos sem tradição na política conquistaram popularidade justamente por se apresentarem como não políticos, isto é, pessoas que não possuem experiência política e trajetória no governo.
Nas eleições de 2016 muitos candidatos repetiram não serem políticos, para fugir da atual ditado popular que “todo político é corrupto”. Alguns foram bem sucedidos. Para comprovar a má imagem dos políticos o alto índice de abstenção de votos chamou a atenção, eleitores que votaram branco, nulos ou que não compareceram à votação, com uma porcentagem que superou as seis ultimas eleições municipais. O que indica uma da falta de engajamento da população na política.
Um candidato que afirma não ser um político é totalmente errôneo. Porque toda disputa eleitoral é política e todo cargo político envolve práticas políticas como a negociação, o debate ou votações. É impossível governar apenas baseado em critérios técnicos. Uma proposta do prefeito pode ser votada ou fiscalizada por vereadores.
Embora seja contraditório, o discurso da negação da política tenta agradar e atender às expectativas de um público que tem rejeição a políticos. É uma estratégia de comunicação que pode fazer sentido para eleitores ansiosos por mudanças.
As manifestações populares ocorridas em 2013 no Brasil desencadearam o sentimento coletivo de rejeição a políticos. Novas demandas sociais surgiram, sem que os políticos pudessem dar uma resposta ou oferecer saídas.
Para aumentar mais a decepção vivenciamos a crise nacional e a sucessão de escândalos de corrupção que envolve um grande número de políticos do país, principalmente como os revelados pela operação Lava Jato.
A estratégia de muitas campanhas políticas nas últimas eleições foi apostar na própria história e na força da figura pessoal, sem dar muito destaque ao partido. Assim, atraíram votos de quem não tolera a classe política e acredita que os políticos são corruptos, desonestos, incapazes ou ladrões. Em Frei Paulo, Sergipe a campanha contrariou um pouco esta afirmativa, pois, foi a disputa do 15 contra o 25, números dos principais partidos oponentes, onde se evidenciava os números mais que os candidatos. O vitorioso foi o 15.
No mundo inteiro, os índices de popularidade dos governantes e dos políticos estão bem abaixo das médias históricas. As pessoas estão desencantadas com a política, seja ela a tradicional ou a futura.
Segundo analistas, a decepção da sociedade com os políticos é um fenômeno explicado por um conjunto de fatores. Os principais fatores seriam a crise econômica e a recessão, que afetaram praticamente todos os países do mundo ao longo da última década.
Historicamente, o índice da popularidade dos governantes varia junto com as taxas de crescimento da economia. Se a economia está bem, a população fica mais satisfeita. A crise também tende a aumentar o desejo de mudança e a eficácia de discursos radicais e extremistas.
Outro fator a influenciar a política são as redes sociais, que permitem o aumento de conexões e a troca de informações entre as pessoas. Nas redes sociais, as polêmicas, as manifestações de ódio e a atuação de um político se espalham rapidamente. Assim como o poder de mobilização para uma causa.
Mas a política é essencial para a sociedade. Pois viveríamos umcespaço sem diálogos, debates de ideias e participações coletivas em decisões de interesse público ou da sociedade. A eleição e a pressão popular para vetar ou aprovar medidas afetam decisões em todos os campos: saúde, emprego, educação, leis, obras, economia, assistência social entre outros. É por isso que um povo que se desinteressa pela política negligencia seus próprios direitos.
O voto consciente, aquele que é baseado na análise de informações, o controle social, a conduta ética e a cobrança por resultados parecem ser caminhos mais seguros para a transformação e para a escolha dos futuros governantes.